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Curiosidades do inglês

Curiosidades e Dicas do Inglês Falado: omissão de letras, evolução de palavras e “slurring”
A letra R não quis destoar do comportamento desatinado de suas irmãs e resolveu também fazer pequenos truques. Isso porque, em inglês, ela soa mais como uma vogal do que como uma consoante e assim pode ser pronunciada de várias formas. Na Inglaterra de hoje, o R que não for seguido de uma vogal é simplesmente ignorado – uma
prática tida como elegante. Por isso, farther tem a pronúncia de father, poor tem um som semelhante a pôa, e nenhum dos dois R em worker é pronunciado, de forma que a palavra tem o som de /uôka/. Aqueles que ainda respeitam o R são olhados na Inglaterra mais ou menos como caipiras, fato que pouco preocupa os americanos, australianos, irlandeses e, especialmente, os escoceses, que o usam com vigor.
Existem outras manifestações de pronúncia igualmente desconcertantes para o estrangeiro. Uma é o resultado do processo de engolir sílabas, coisa que os britânicos fazem com grande maestria. Para eles, a palavra immediately (imediatamente) de repente vira “midjatly,” necessary (necessário) sai “nessri,” library (biblioteca) fica “laibri,” e frightfully (assustadoramente) se transforma no “fraffly”, muito usado pelas elites.

cartão 1 pronúncias do inglês Curiosidades e Dicas do Inglês Falado: omissão de letras, evolução de palavras e slurring

Os americanos não são tão dados a esse tipo de coisa, mas são mestres no esporte de podar e juntar palavras, um processo chamado slurring que também é praticado por seus primos ingleses. Num piscar de olhos as expressões trocam de som: going to vira gonna, got to se traveste de gora, want to sai wanna, com o seu derivativo wannabe (want to be). E há mais: have to (héfta), ought to (ora), should have (shouda), would have (wouda), could have (couda), out of (aura), a lot of (a lora) entre outras. O ouvido tem que estar mais aguçado do que nunca.

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Os estudiosos são quase unânimes no que se refere ao número de sons na língua inglesa – ela provavelmente possui mais sons do que qualquer outra. Mas há diferenças entre eles quanto ao número exato: uns dizem 44, outros 52, e há os que arriscam um número intermediário.

Os sons do inglês, como os de qualquer língua, estão sempre sujeitos a mudanças, alterações, e regressões, geradas por fatores internos e externos. Isso porque a anatomia das palavras é uma coisa muito delicada feita de pedaços de som, os morfemas, compostos de outros pedacinhos chamados fonemas. Já vimos como o inglês foi mudando ao longo dos séculos, tanto na pronúncia quanto na ortografia, nem sempre com a coerência desejada. Sabemos que o inglês veio em ondas com movimentos em câmara lenta. Primeiro, veio a onda do inglês antigo, seguida do médio inglês que apenas refletia, por escrito, muito do que já vinha acontecendo durante a onda anterior. Os autores de The Story of English (McCrum et al.), descrevendo essa transição, dão um bom exemplo do que aconteceu com a letra Y após a conquista das Ilhas Britânicas pelos normandos em 1066. Às vezes, os escribas de origem normando-francesa o ouviam como U (como na palavra tu, em português) e era assim que o escreviam. Dessa forma o antigo inglês mycel tornou-se o médio inglês muchel, que acabou virando o much (muito) em inglês moderno. Outras vezes, os escribas escreviam UI. Assim o antigo inglês fyr (fogo) passou a ser fuir em inglês médio e fire, no inglês moderno.

God bless yall

Donny Assis

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